domingo, 27 de abril de 2008

No More Blah Blah Blah

Aqui vem um disco com variados gêneros que produzem melodias a nos incitar sensações das mais diversas possíveis. Que fosse imune de vozes humanas, ajuntei uns sons que possam completar uma ‘bolacha’ de música instrumental.

A sugestão abre com uma música que é trilha sonora de um dos filmes de faroeste mais intrigantes de todos os tempos, tocada numa guitarra solitária por Neil Young. Na seqüência, um grande dos grandes fazedores de melodias surgido nos últimos anos, Rjd2. Os Beastie Boys, num som de seu disco instrumental lançado em 2007,"The Mix Up", num jazz que descamba em batuque brasileiro, com direito a apito e tudo.

Vem uma canção que remete a meninos catando vaga-lume no pasto, composta por Burt Bacharach e tocada por uma das mais influentes bandas da década de 1990, o Faith no More. Depois o guitarrista Frusciante pegou uma batida eletrônica e tocou guitarra por cima de algo que se tornou uma das boas trilhas do filme da vida nos últimos anos.

Ah, os “Fantoches de Carne” chegam a criar algo medieval no leite da donzela. Os australianos do Holy Fuck fizeram uma amável fudelança sentimentalóide que poderia te fazer chorar num dramalhão.

Já vem um naco de maldade com os Spotnicks num nome que evoca Vampirela. O criador de nuanças sonora Bonobo é extensamente chupado por rappers de todo canto. Esta música suave repleta de percussão em estilo oriental, quem sugou integral foi o Gutierrez.

O último disco do Rage Against the Machine, Renegades, eu consegui completinho, sem vocal algum. E a melhor de todas é sem dúvida a faixa título. Lembro quando o R.E.M. lançou Bang and Blame, só que aqui ela também aparece sem grito nem sussurro.

Botei o Sex Pistols aqui pra dar uma sujadinha no conteúdo de todo o play, mas vem também o The Go! Team (uma das melhores bandas surgidas nos últimos anos, em minha modesta opinião) com um som imundo e bonitinho ao mesmo tempo.

Pra fechar, algo digno de um fechamento de um grande filme, mas que ainda não foi (cineastas, abram os olhos, tem muita música boa pronta por aí). Pacifica, dos mascarados da lucha libre, Los Straitjackets.

Aqui vai a ordem com o tracklist do disco que você pode fazer o download;

01) Neil Young - Dead Man Theme
02) Rjd2Ghostwriter
03) Beatie Boys - The Rat Cage
04) Faith No More - Midnight Cowboy
05) John FruscianteMurderers
06) Meat Puppets - Maiden's Milk
07) Holy Fuck - Lovely Allen
08) The SpotnicksDardanella
09) Bonobo - Sleepy Seven
10) Rage Against The Machine - Renegades of Funk
11) R.E.M. - Bang and Blame (K remix)
13) Sex Pistols - Pretty Vacant
14) The Go! Team - Get it Together
15) Los Straitjackets - Pacifica



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segunda-feira, 21 de abril de 2008

Funky-Nervoso-Funky


A pretensão é de colocar umas coletâneas diversas com maior freqüência por uns tempos. Às vezes não vão agradar quem pegou a anterior. Dessa vez, rolam uns ensaios tupiniquins com determinados sons pra sacudir a cadeira. Aqui no Brasil essas experiências sonoras começaram ainda na década de 1970 e hoje virou produto de exportação. É ele, o glorioso funk de tanta polêmica no popozão de meu deus.

01) Instituto - Capitão Presença – O coletivo paulista sacode a poeira nesta batida que muita gente deve curtir.

02) Curumin - Caixa Preta (com B-Negão e Lucas Santana) – Se tem um funk que tava precisando ser feito era esse. Ironia com bom humor no talo pra poder cutucar o dedo na ferida no suingue. Essa música faz parte do novo disco do Curumin lançado há pouco tempo, Japan Pop Show, que eu também aconselho.

03) Tim Maia - Rational Culture (Parteum remix) – Na minha modesta opinião, Parteum tem muito mais estilo do que seu irmão Rappin’ Hood. Diferente da maioria das músicas no tributo ao síndico, essa aqui apresenta uma versão improvisada bem forte.

04) Black Alien & Speed - Quem que Cagüetou (Fatboy Slim radio edit) – Muita gente não sabe que esse foi até hoje o maior sucesso do funk brasileiro no exterior (por ter sido propaganda de um carro foderoso). Trilha sonora do perturbador filme O Invasor, nervosa de verdade.

05) Pepa Filmes - Funk do Monstrengo – Imagina um funk argentino? Tango-funk? Esses caras que eu achei como sendo os autores dessa música são o Hermes & Renato do youtube. Procura pra você ver...

06) Bonde do Rolê - Office Boy – Uma zoada dessa banda que se esconde atrás do descompromisso pra poder zoar com quem dá na telha. A melodia da música foge um pouco do batidão funk tradicional, caindo numa levada mais pop.

07) Funk FuckersK – Homenagem da antiga banda de B-Negão àquele que seria o criador da Popozuda, o multi-esquisito gaúcho, Edu K. Quem adivinhar o idioma que essa música é cantada, ganha um prêmio.

08) Diplo - Melô da Xuxa Sadomasoquista – Participação de uma suposta Xuxa nessa música catada numa coletânea do marido da MIA, mas que com certeza não é dele. De quem seria?

09) UDR - Rock and Roll Anti-Cósmico da Morte – A segunda parte do Bonde da Orgia de Travecos pode até perder em agressividade, mas ganha que não fica no mesmo lugar.

10) Turbo Trio - Dança do Patinho (remix) – A antiga dança do cotidiano brasileiro num funk malvadão.

11) Bonde de Gorila - Porrada Solução – Quanta violência nesse mundo!

12) Gabriel Muzak - Estética Terceiro Mundista – Um funk pra poder satirizar as tantas danças que assolam nossos carnavais. Do macaco, do maxixe ou do patinho, ninguém sai incólume. Aconselho assistir ao clip dessa música.

13) Planet Hemp - Hip Hop do Rio (Bruno E mix) – Um remix quase censurado, onde não há apologia à tal erva. Ainda bem, um som bem mais limpo do que a original contida no disco Os Cães Ladram Mas a Caravana Não Pára.

14) Max B.O. - Samba Funk de Luxo – “Sai diretoria, 100% chinelão”.

15) Gerson King Combo - Swing do Rei – Esse cara é uma lenda do funk brasileiro. Aqui num petardo que não deixa monolito sobre paralelepípedo.

Quem quiser fazer o download do disco, dá uma clicada aqui.


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quarta-feira, 9 de abril de 2008

Carnicêro Rock Riffs

Hoje resolvi que vou fazer umas coletâneas com uns temas musicais dos quais tive certa vivência. Em homenagem a um personagem que certo dia passeou pelas ruas de Macondo, Roque Carniceiro, fiz esta, permeada por estimulantes notas sonoras advindas de talentosos tocadores das cordas que, ao mesmo tempo as distorcem com pedais. Nas mais diferentes escolas.

O que criou coesão nas canções aqui presentes foi a guitarra. O instrumento que ganhou popularidade junto do rock and roll. Então, mandar algum som empolgante aos ouvidos mais carentes de barulho elétrico pra furar tímpanos. Aviso: Se você não gosta de música barulhenta, corra daqui.

Na seqüência, a descrição (tá tudo mais ou menos em ordem cronológica) e o link para download no final;

01) Captain Beefhart - Sure 'nuff 'n Yes I Do - Um bluesão elétrico e malvado gritado guturalmente pelo parceiro de Frank Zappa, padrinho de Tom Waits em 1968. Penso sempre nessa música como se o Robert Crumb estivesse usando seu sarcasmo através de música contemporânea (o que na verdade ele odeia).

02) The Kinks - You Really Got Me – Clássico de toda e qualquer festa anos 1960, o Van Halen voltou a fazer sucesso com esta canção algumas décadas depois, mas sem o mesmo brilho.

03) The Sonics - Witch (version 2) – Uma guitarra suja emulando saxofone? Perfeita trilha de perseguição acelerada, coisa destes dinossauros da desgracêra, na época que isso era realmente coisa de gente esquisita.

04) MC5 - Kick Out the Jams – Esta versão do album homônimo é uma coisa de doido. Tem uma pegada ao vivo como não se vê mais num álbum de uma grande banda. Não foi à toa que quando o Rage Against The Machine regravou fez um cover tão parecido com o original, que sabe-se insuperável.

05) Iggy Pop & The Stooges - Search & Destroy – Os mais reconhecidos proto-punks pegaram alguns minutos par ate fazer uma agressão sonora e não sonífera. Escutar isso em 1973 devia ser uma coisa.

06) AC DC - Back in Black (with Bon Scott) – Pouco tempo antes do beberrão Bon Scott falecer, cantou em estúdio a música que iria ser tema do disco que estourou o AC DC definitivamente como uma das maiores bandas de rock de todos os tempos. Isto não foi lançado na época, porém hoje podemos revisitar a voz inconseqüente num clássico definitivo.

07) Mötley Crüe - Primal Scream – A maior banda poser depois dos Guns ‘n’ Roses nunca estourou no Brasil. Ainda bem, pois odeio esses cabeludinhos aparecidos e poderia odiar mais ainda se fossem famosos de verdade aqui. Mas nada impede escutar essa baba que se pretende agressiva, mas ao menos empolgante é sim.

08) Black CrowesRemedy – A canção que catapultou os irmãos Robinson ao sucesso. Faço uma analogia deles como algo entre Stones e Led. Lançaram um estilo retro alguns anos antes de algumas bandas assim estourarem...

09) DanzigMother – É triste pra um antigo fã dessa bandater que colocar logo essa música , que é a mais batida deles numa coletânea. Mas e daí se ela representa uma carga tão forte?

10) Helmet Unsung – Renegando tudo que todos os metaleiros pregavam de capeta, visual escalafobético à própria influência sonora, o Helmet inovou. Músicos de jazz liderados pelo nerd Page Hamilton (que já tocou com David Bowie), cravaram seu nome na história das maiores canções da década de 1990.

11) Marilyn Manson Lunchbox – O primeiro disco do ‘Michael Jackson do metal’ tinha uma música diferente de tudo que ele fez depois. Explica-se, pois foi produzida e tocada por ninguém menos do que Trent Reznor (o senhor Nine Inch Nails). Psicodelia com algo a dizer.

12) Corrosion of Conformity - Clean my Wounds – Eles foram responsáveis pela cruza (mais conhecido como crossover) do metal com o punk. Nesta canção, revivem o Black Sabbath duas décadas depois da banda não fazer nada que prestasse.

13) White Stripes - Hello Operator – Petardo que consta na segunda bolacha da banda-duo de Detroit, parece que foi gravada nos anos 70. Extremamente aconselhável ser executada nos fones de ouvido.

14) Electric Eel Shock - Rock 'n' Roll Can Rescue the World – Como bons japas irreverentes, esses jovens cheios de bom humor prestam homenagem a alguns de seus ídolos nesta foderosa intenção de ‘abarulhar’ o planeta.

Tá esperando o quê? Baixa esse axé music logo aqui ó.