terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Veio do fanzine, novo papo, nova onda, novo ABC?

Em maio de 2010, numa colaboração para a Sopa Magazine, fiz um texto sobre fanzines aqui. Agora, venho pincelar o tema novamente, inspirado por um documentário que assisti.

Quando era menino lá em São Domingos do Prata escutava uma banda dessas new wave pelas ondas do rádio e havia um refrão que só fui saber o que era muito depois .Por um acaso fiz meu TCC na faculdade sobre fanzines também. Aqui um trecho da letra da música, que apesar de ser da defenestrada década de 1980, é legal:

"Ninguém fica burro demais só porque viu TV
As flores do mal são cogumelos de néon glacê

A juventude tem um tempo certo pra se corromper

O anarquismo é o anjo da guarda de todo prazer


E tome zine, zine, zine, zine, zine em papel de xerox
O futuro é preto e branco, e todo branco e preto pode ter
E tome zine, zine, zine, zine, zine em papel de xerox

Vem do fanzine, novo papo, nova onda, novo ABC"

Como um dos editores da publicação independente A Zica aqui em Belo Horizonte, o assunto zine não sai da minha pauta. Afinal, fazer fanzine na era das internerds hoje, de certa forma, é coisa quixotesca sim.

Voltar então no que me deixou inspirado pra propagandear ainda mais essa onda de fanzine. Foi um vídeo de meia hora do Márcio Sno, segundo o próprio, "jornalista, fanzineiro, espectador de filmes estranhos". E isso é apenas o capítulo I, ou seja, logo vai estar rodando por aí, um documentário sobre o tema. Encontraram muita peça rara pra entrevistar, muito depoimento bacana dos nerdões das antigas. Além de outros casos do udigrudi, como uma história sobre trapacear os correios que nunca tinha ouvido falar. Vale a pena:



Aqui um vídeo locura que eu, Daniel Silva, Karl Ulrich e Rodrigo Costa fizemos na faculdade, entrevistando os ex-fanzineiros: o jornalista João Claudio Lopes, o graduado em letras Fabiano Moreira (o Bill) e o historiador Carlos Frankiw (o Carlão):



E o videoclip do Hanoi Hanoi - Fanzine:



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