quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Dubstep Beat


O dubstep, gênero musical influenciado pelo dub dos anos 80 e pelo 2-step surgiu na Inglaterra há cerca de dez anos, dizem. Isso foi na mesma época que o rap inglês mostrou pro mundo que também tem sua própria métrica através de outro ritmo que faz muito sucesso lá, o grime. 

Mas enfim, fiz essa coletânea de dubstep, que não tem nada de rap, praticamiênte - fora o Dead Prez. Tava com cansêra de escrever o texto porque o negócio virou moda, de Korn a Justin Bieber, todo mundo gravando dubstep. Dizem que a Mia tem culpa no cartório, por sugar a alma do negócio e vender pasteurizado. Apesar disso, o dubstep, com seus típicos teclados derretidões, tá longe desses sons eletrônicos genéricos de roqueiro pancadão. Anyway a coletânea lá embaixo tem desde farofada lounge até uns artistas mais pancadões e autênticos.


Vamo lá. Negócio é esse, não sei nada pra falar sobre ninguém dessas bandas, exceto o israelense Borgore, que antes tinha uma banda de death metal chamada Shabira. O clip que tá acima é um remix dele pra MIA, vale demais ver oh...

Se você quer se divertir mais um pouco, tem esse sujeito dançando dubstep pra você entender melhor...



Com a molecada sacando geral de qualé:



E um som bom pra divertir:



Agora a coletânea:

01) Borgore - Foes (16bit Fuck Hoes mix)
02) Dead Prez - It's Bigger than Hip Hop (WTF Full Vocal mix)
03) Barletta - Panther (Zed's Dead mix)
04) Pantyraid - Get the Money
05) Damian Marley - It Was Written (Chasing Shadows mix)
06) Roots Manuva - Witness Breaks (Dubstep mix)
07) Drop Top - Machete (High Rankin mix)
08) Diplo feat. Lil' Jon - U Don't Like Me (Datsik mix)
09) Pendulum - The Other Side (Dubstep mix)
10) Zed's Dead - Rude Boy (Original mix)






terça-feira, 27 de setembro de 2011

Punk Drink Deluxe



Depois do sucesso da primeira edição, o Nelson Bordello recebe novamente neste sábado a festa Punk Drink. A boate que tem o portão mais simpático da cidade vem variando seus ritmos pelas noitadas belorizontinas. Neste primeiro de outubro a atração principal vai ser o show da banda de surf music Vostok Deluxe, na estrada desde 2010, EP homônimo com sete faixas no início deste ano. Além da banda, os discotecários Canhotagem e Dnboy vão apertar o play ao som de rock clássico, mashups, punk rock e barulho animado pra ninguém ficar parado. Ao longo da noite será servido o drink com cara de petisco que dá nome à festa, preparado em uma bandeja com Pratiana flamejante.

Caso queira ouvir uma faixa do EP só pra ver como é o som dos Vostok, aperta o play nessa aqui que é boa:
 


 


Vostok Deluxe é a mais luxuosa e menos silenciosa nave para o cosmonauta de toda galáxia. Além de todo este requinte e classe, também dá nome à banda belorizontina de surf rock futurista que conta com Pedro Araújo na guitarra, Francisco Vianna na bateria, Rogério Andrade no baixo e Raul Duarte no teclado e theremin.


Serviço - Festa Punk Drink no Nelson Bordello
 
Show com Vostok Deluxe (surf music)
Discotecários: Canhotagem e Dnboy (rock clássico, mashups, punk rock e barulho animado)
Pratiana flamejante servida ao longo da noite

Entrada: R$ 12,00 até meia-noite / R$ 15,00 depois da meia-noite

Endereço: Rua Aarão Reis, 554 – Centro – BH
Telefone: (31) 3564-3323
 

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Quem são os Verdadeiros Piratas?


Há cerca de dois anos, a mídia noticiou uma intensa movimentação de piratas somalianos que atacavam cargueiros de várias bandeiras européias que passavam pela costa do país africano. Fiquei com dó quando algum exército ocidental prendeu alguns desses ditos ‘piratas’. 

Agora, vejo um outro ponto de vista que me reforçou algo que eu já pensava. E de maneira bem convincente. Claro que tem nêgo falando “parece que a história não é exatamente como o documentário conta, não”. Dizem por aí que o governo somali (grande governo) tem um acordo de pesca com a União Européia (e que vantagem o povo leva nisso?)...

É uma pena a situação degradante desta situação neste país, que reflete diversos descasos que ocorrem no continente africano.

Vale muito ver!


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Gainsbourg 20



Em março de 2011 fizeram vinte anos que o mundo perdeu Serge Gainsbourg, um músico que marcou várias gerações – e ainda influencia muita gente. Pra não deixar a data passar em branco, na próxima sexta-feira, alguns admiradores se reunirão no Nelson Bordello, numa festa em brinde ao cantor francês.

A chanson française chega ao Curral del Rey pelas mãos da acordeonista e arranjadora Sarah Assis e do dejotecário Canhotagem, que  assim anunciam o lançamento da cinebiografia de Gainsbourg este mês.

Mas a festa Gainsbourg 20 tem um repertório além.

Na dejotecagem, músicas de Serge Gainsbourg serão complementadas com mashups e versões remixadas do próprio, além de um repertório com cabaré, rock e rap francês que beberam na fonte dele. Canhotagem atende pela alcunha de João Perdição e pesquisa a origem do cassinos e do show business no Brasil. Depois de passar a adolescência escutando metal, punk e música sertanoja, hoje se interessa por estilos musicais que vão do cybertecnobrega ao kuduro angolano.

A pianista, arranjadora e acordeonista experimental, Sarah Assis participou de diversos festivais internacionais de música e acabou de tocar em São Paulo na última semana, no Le Petit Trou – restaurante/bistrô pertencente a um dos mais notórios fãs de Gainsbourg no país, Edgard Scandurra. Além do repertório française, a banda de Sarah Assis, Chansons, Glam Rock & Outras Oscilações passeia pelo jazz, surf music, eletrônico e pelas canções do leste europeu além do "Bach-ião", sua mistura de Bach com Luiz Gonzaga.

Hoje encontrei uma sucinta definição de Serge Gainsbourg feita pelo Alexandre Matias:

"Em vida, passou por altos e baixos, porres e pés-na-bunda, hits nacionais, discos conceituais e vexames autoconscientes em programas de TV, sempre saindo-se como um fanfarrão, um canalha, um vilão, um palhaço. Pop por todos os poros, abandonou o jazz quando viu que conversava apenas com uma panelinha de intelectuais esnobes e abraçou a música pop com a devoção de um pai, buscando maneiras de traduzir a tensão entre o amor e o sexo da forma mais escancarada possível para toda uma geração de novos ouvintes."

Para mais informações à respeito, outros textos que fiz sobre ele:
- e Chansons Gainsbourg - este último com uma coletânea boa para os neófitos.


Gainsbourg 20

Show: “Sarah Assis, Chansons, Glam Rock & Outras Oscilações”
Dejoteca: Canhotagem (Serge Gainsbourg set, cabaret, mashups, rock e rap francês)

Preço:
R$12,00 até 00h e R$15,00 após 00h

Local: Nelson Bordello
Rua Aarão Reis, 554. Centro, BH
E-mail: nelsonbordello@gmail.com
Telefone: (31) 3564-3323
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Aqui, um vídeo de 2005 a 2009, feito em frente à antiga casa de Gainsbourg em Paris na rua de Verneuil, hoje abandonada. Vemos sobrepostas em 3D, as diversas camadas das pinturas realizadas pelos fãs e vândalos na fachada da residência. O filminho mostra a fachada reformada para a realização do filme Gainsbourg – O Homem Que Amava As Mulheres do cineasta e quadrinista Joann Sfar, que também faz seus desenhos por lá.



quinta-feira, 26 de maio de 2011

O Paraíso Artificial da Matéria Prima

Quando me mudei da roça pra cidade há pouco mais de dez anos, não me ligava muito em rap. Convivendo com o pessoal da Praça Nova Iorque, passei a dar atenção em algumas bandas. De repente, o meu amigo e vizinho do GNZ, o Higienezê, que logo tornou-se um prolífico rapper que gravava tanta música quanto tomava uma latinha (ou quase). Higiene fez parte de uma banda organizadinha e redonda chamada Ponta Pronta e depois do Casa B, que era mais punk - no sentido participativo.

Enfim, o Higiene nunca gostou dessas ondas de cantar em palco e nem de fazer música redondinha - mas fez muita coisa boa e me apresentou um monte de gente legal e talentosa. Depois de um caminho extenso pela escola Guignard, ele quase foi designer e agora virou cozinheiro - e até onde eu saiba não largou a cachaça do rap.

Outro que não larga o rap e agora traz uma pérola de 2011 pra gente é Matéria Prima, guerreiro da rima de mais tempo ainda. Ex-membro do Quinto Andar e do Subsolo, nestes grupos foi parceiro de gente como o carioca Marechal e o paulista Kamau. Hoje Matéria Prima, junto com o Ferpa e Gurila Mangani é um dos frontmans do Zimun, um experimento de rap/jazz/dub com uma banda orgânica muito competente.

Comecei o texto falando do Higiene porque foi através dele que conheci o Matéria Prima, o Thiago Augusto. Sujeito zen e artivista da rua, Matéria é um cara atento à literatura, poesia e faz um som bom de ouvir. Duvida? Fala sério, o cara caprichou na letra e o Cabes fez uma base sincopada fudida - essa é Paraísos Artificiais.

Escuta aqui:


Pode baixar aqui ou aqui.

Paraísos Artificiais

Letra de Matéria Prima, produção de Cabes, fotografia de Simone Pazzini e arte de Jéssica da Cruz. Gravado no estúdio Minueto em Belo Horizonte/MG e mixado por Cabes na Track Cheio em Curitiba/PR.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Cortina de Fumaça -
Você Precisa Ouvir o Que Eles Têm a Dizer


Análise histórica do discurso moralista para a proibição das drogas no mundo. Os países produtores das substâncias proibidas como meros motes para as invasões externas do maior país consumidor - os Estados Unidos.

Soluções para a mudança de paradigma. A demonização das classes sociais menos favorecidas e seu sofrimento na relação com as substâncias ilícitas. O poder do Estado para tolhir a liberdade dos cidadãos e seu fracasso operacional. Também em torrent.




Enterrando o Lixo


sexta-feira, 20 de maio de 2011

Um filme sobre escala - De Katsu



Com trilha sonora encaixada e lembrando os esquemas de land art, a tag produzida em variáveis de escala. De um grão de arroz ao topo de um edifício, pra se ver do satélite, produzidas pelo transgressor Katsu - que se autodenomina o animal de Nova Iorque - passa por vários formatos.


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Aqui o vídeo dos anso 1970 que o inspirou:


Pra ter noção de como o Katsu também gosta de uma transgressão, vemos ele mandando uma bomba (um bomb) na Casa Branca:




quarta-feira, 18 de maio de 2011

Chifumi - O Pior Artista de Rua de Todos os Tempos

Envolvido em produção artística há menos de um ano e cansado de grafiteiros preocupados em apenas destacar seu nome na rua, o franguinho francês Chifumi tem um trabalho autoral de reponsa. Fugindo do lugar comum do zé povinho que pratica esse tipo de trabalho, Chifumi está exposto em várias cidades da Gringolândia.




Natural de Colmar (na Alsácia-Lorena, aquele território da fronteira que já gerou muita batalha com a Alemanha), Chifumi criou o conceito de seus stencils - mãos fazendo diversos sinais - a partir da brincadeira de pedra, tesoura e papel. E botou umas tatuagens tipográficas, tudo chapado em preto e branco. Uma parte do corpo para expressar o que acontece nas relações rua. Vale a pena conferir.




terça-feira, 17 de maio de 2011

The Upsetter - A Vida e a Música de Lee Scratch Perry

Produtor de Bob Marley, The Clash e Prodigy, criador do dub e rastaman místico. Uma das figuras mais autênticas da música contemporânea em atividade. Nos anos 1970, chegou a produzir 20 canções por semana. Este é o prolífico Lee Scratch Perry, retratado num documentário narrado por Benicio del Toro. Aqui o trailer.


domingo, 15 de maio de 2011

A Hora Vagabunda - O melhor curta já filmado em Belo Horizonte




Tive o prazer de assistir esse filme pela televisão, mais ou menos uns dois anos depois dele ter sido filmado. A Hora Vagabunda carrega um vigor inspirador, nos faz ter esperança em coisa por vir. Ainda mais quando você sabe que foi filmado perto de você. Foi bem aqui no Curral del Rey, uma obra universalmente ampla, a ponto de já ser considerado clássico.

Uma vez encontrei com o diretor do filme Rafael Conde em algum lugar, tava muito bêbado e devo ter sido o chato da noite babando ovo deste peça tão poética, política, que em pouco tempo fala muita coisa que a gente flutua.

terça-feira, 22 de março de 2011

Os Bastardos Populares 05



Com a efusão de remixes feitos por gente de todo mundo ao misturar os mais diversos sons, pode parecer fácil encontrar música que presta, porém isto dá um trabalho danado. Parece que quanto mais tem, mais difícil encontrarmos os bastard pops, ou os mashups.

Se você quiser saber o que é mashup, leia um dos quatro textos/coletâneas que fiz: um, dois, três ou quatro.

E coloco aqui, pela primeira vez num pacote meu, o primeiro bastardo popular que escutei nos idos de 2003 - do vovôzinho dos bootleggers. Mcsleazy, com Smells Like Bille Jean, numa improvável mistura entre os dois maiores hits das últimas décadas - Nirvana com Michael Jackson. Naquela época, nem era moda escutar Michael Jackson - muito menos fazer mashup.

Eu gostei e continuei procurando. A última música é a melhor, tá? Desta vez, vou falar menos e deixar uns links para alguns vídeos disponíves na coletânea;

01) Belmondoremi - Everything's Galactic (Beastie Boys vs. Faith No More)
02) Totom - Beastie Musetallica (Muse vs. Beastie Boys vs. Metallica)
03) Bogoss - Make it With Dust (Queen vs Queens of the Stone Age)
04) Dj Schmolli - The Trooper Believer (Iron Maiden vs. Monkees)
05) Madmixmustang - Freaky Mamma on a Leash (Korn vs Abba)
06) Bahler - The Wicked Neva Eva Rest (Cage the Elephant vs. Lil' Jon)
07) Wick-It The Instigator - Black Bug (Black Keys vs. Big Boi )
08) Faroff - House of Klezmer (House of Pain vs. Amsterdan Klezmer Band)
09) Graeme of it Radio - Pork & Bel Air (Weezer vs. Fresh Prince of Bel Air)
10) Mcsleazy - Smells Like Billie Jean (Nirvana vs. Michael Jackson)
11) 10000 Spoons - Bring the Lambada (Kaoma vs. Public Enemy)
12) Diego Kabellera - Sou Fuckin' Foda (Slipknot vs. Avassaladores)










terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Veio do fanzine, novo papo, nova onda, novo ABC?

Em maio de 2010, numa colaboração para a Sopa Magazine, fiz um texto sobre fanzines aqui. Agora, venho pincelar o tema novamente, inspirado por um documentário que assisti.

Quando era menino lá em São Domingos do Prata escutava uma banda dessas new wave pelas ondas do rádio e havia um refrão que só fui saber o que era muito depois .Por um acaso fiz meu TCC na faculdade sobre fanzines também. Aqui um trecho da letra da música, que apesar de ser da defenestrada década de 1980, é legal:

"Ninguém fica burro demais só porque viu TV
As flores do mal são cogumelos de néon glacê

A juventude tem um tempo certo pra se corromper

O anarquismo é o anjo da guarda de todo prazer


E tome zine, zine, zine, zine, zine em papel de xerox
O futuro é preto e branco, e todo branco e preto pode ter
E tome zine, zine, zine, zine, zine em papel de xerox

Vem do fanzine, novo papo, nova onda, novo ABC"

Como um dos editores da publicação independente A Zica aqui em Belo Horizonte, o assunto zine não sai da minha pauta. Afinal, fazer fanzine na era das internerds hoje, de certa forma, é coisa quixotesca sim.

Voltar então no que me deixou inspirado pra propagandear ainda mais essa onda de fanzine. Foi um vídeo de meia hora do Márcio Sno, segundo o próprio, "jornalista, fanzineiro, espectador de filmes estranhos". E isso é apenas o capítulo I, ou seja, logo vai estar rodando por aí, um documentário sobre o tema. Encontraram muita peça rara pra entrevistar, muito depoimento bacana dos nerdões das antigas. Além de outros casos do udigrudi, como uma história sobre trapacear os correios que nunca tinha ouvido falar. Vale a pena:



Aqui um vídeo locura que eu, Daniel Silva, Karl Ulrich e Rodrigo Costa fizemos na faculdade, entrevistando os ex-fanzineiros: o jornalista João Claudio Lopes, o graduado em letras Fabiano Moreira (o Bill) e o historiador Carlos Frankiw (o Carlão):



E o videoclip do Hanoi Hanoi - Fanzine:



Seja independente ou morra!