segunda-feira, 9 de julho de 2007

Billy e Sua Velha Identidade


Até que aquela bandinha Zwan, produziu uma ou duas boas baladas, mas nada que fosse arrebatador como os velhos sucessos da banda que fez Billy Corgan famoso. Então, desde 1999 que o Smashing Pumpkins não gravava nada. Durante o hiato de quase uma década em que seu mentor andou enveredando por caminhos pouco rentáveis e menos ainda criativos, agora tudo renasceu em forma de dinossauro.

Foi preciso pegar de volta o nome Smashing Pumpkins para que as coisas voltassem a funcionar. Mesmo sem contar com a presença do guitarrista James Iha, que parece não ter sido convidado para a reunião. Muito menos a baixista original, D'arcy Wretzky, que enfrentou sérios problemas com drogas nos últimos anos, chegando até mesmo a ser presa.

Ironicamente, o único membro da formação original (além do chefão) é o baterista Jimmy Chamberlin, que em 1996 foi expulso da banda porque estava injetando heroína no quarto de um hotel em Nova Iorque quando ocorreu a morte do músico de apoio em turnê, Jonathan Melvoin. Pouco antes da banda 'terminar', em 1999, Chamberlin chegou a tocar na turnê de Machina com a banda novamente.

O mais engraçado de tudo é que no ano de 2005, Corgan deu uma entrevista dizendo que o Smashing Pumpkins não voltaria nem por decreto, parecia Sandy e Júnior fazendo lobby de mídia. Agora já faz mais de um ano que essa volta foi anunciada. Ele deve ter enjoado de fazer tanta baladinha pra 'tentar chegar nas FMs'. Sorte dos fãs da boa música. Pra isso foram recrutados o jovem guitarrista Jeff Schroeder, que largou seus estudos de PhD em literatura comparada na Universidade da Califórnia; e a baixista Ginger Reyes, da banda de punk-chicletes Halo Friendlies (será que é uma macumba na qual o posto de baixista é sempre ocupado por uma mulher?).

Há cerca de dois meses, vazou na net o primeiro single do disco Zeitgeist, Tarantula, literalmente um soco no estômago com suas guitarras cortantes logo de cara, como não se via há muito tempo. A força parece vir já na capa do album, com a estátua da liberdade afundando num mar de sangue, criada pelo artista urbano Shepard Fairey, criador da marca Obey Giant. A banda não poderia nem colocar essa capa nem muito menos estar falando dos temas que diz agora se estivesse na época do 11 de setembro. Nada mal, essa banda, que era mais atrelada ao sentimento próprio, hoje já vem dizer algo do tipo; "Revolution blues, what will they do to me?" na épica United States. Mais pontos altos: 7 Shades of Black, Doomsday Clock, Neverlost e Stars, esta última com uma batida que lembra o clássico Bullet With Butterfly Wings.

Clique aqui para baixar o album completo.
fonte: O Dilúvio

2 comentários:

Marina. disse...

Um-dois-três-baixandooo...

Biu disse...

Grande blog!! Já começa dando o disco novo do Smashing de presente para o leitor. Parabéns, cara!! Se tivesse champagne estaria enchendo minha taça agora pra saldar a Canhotice Liberta! Mas vai com café mesmo!